quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mineradora da esperança

Em Simões Filho (Ba) a população encontrou uma boa quantidade de manganês, que alguma empresa despejou no local na década de setenta, passando a escavar e retirar o minério para vender aos donos de ferros velho da região por oitenta centavos o quilo.
Cerca de 300 pessoas participam da escavação dentre mulheres e crianças manuseando ferramentas inapropriadas e por um longo período durante vários dias. As cenas são deploráveis.
Os adultos em sua esmagadora maioria desempregada afirmam não terem outra escolha senão submeter os próprios filhos na ajuda da retirada das pedras para garantir a sobrevivência dos familiares.
Que Brasil é esse?

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Senado Federal perde um dos maiores defensores da democracia, da verdade e da ética

O líder do PDT no Senado, Jefferson Peres, 76, morreu às 6h30 desta sexta-feira em Manaus (AM). Ele morreu na casa onde morava, no bairro de Adrianópolis, e pode ter sido vítima de um infarto.

Com absoluta certeza a política democrática brasileira perde um dos seus maiores defensores. Homem íntegro que lutava sempre pela verdade, enfrentado os maiores "lobos" da política como foi o caso de solicitar e defender, enquanto presidente do Conselho de Ética, a cassação do então presidente do Senado Renan Calheiros por quebra de decoro.


"Canalhas de todos os matizes: eu não sou como vocês. Ética para mim não é pose, não é bandeira eleitoral, não é construção artificial de imagem para uso externo. Ética para mim é compromisso de vida. Agir eticamente para mim é tão natural quanto o ato de respirar.” (Jefferson Peres).

sábado, 26 de abril de 2008

Eita politicagem.

Sob argumento que não se sabe qual, afinal, mesmo sem CPMF a arrecadação do governo federal cresceu, o deputado federal Henrique Fontana, líder de Lula na Câmara, surgiu com uma idéia estapafúrdia de recriar o imposto. A sugestão é criar um tributo com alíquota de 0,20% -- ao invés dos 0,38% da CPMF -- cuja arrecadação, estimada em cerca de R$ 20 bilhões anuais, reforce o orçamento da Saúde.
Lembrar que a CPMF foi criada para arrecadar fundos que seriam destinados a saúde pública.
Como que a CPMF era tão importante para investimentos na área da saúde e nada nela foi feita para melhorar no sentido de fornecer um atendimento digno/justo para a sociedade. Hospitais degradados, médicos despreparados e toda estrutura arcaica é o que predominou ao longo da história da saúde pública brasileira. E os bilhões arrecados da antiga CPMF eram revertidos corretamente? E esse novo imposto com certeza teria o mesmo destino: o bolso de quem o criou.
Não tem como entender.

terça-feira, 22 de abril de 2008

O uso (in)correto da democracia pelo Congresso Nacional.

No Senado Federal em 22 de Abril de 2008, em sessão especial aconteceu homenagem aos aposentados dos servidores públicos e foi abordado por um dos senadores, que estava na tribuna elogiando o senador Paulo Paim (PT) concernente a sua contribuição em face da classe dos aposentados, o Presidente da República no sentido de que o projeto de lei proposto pelo Paulo Paim que versa sobre equiparação do reajusto da aposentadoria com o salário mínimo seria vetado havendo aprovação pelo Congresso deixando o Brasil e os aposentados sem mais um benefício que os ajudaria a sobreviver dignamente. O mesmo senador citou o Presidente do Senado Garibaldi Alves em relação a seu primeiro comprometimento com a democracia que seria o de apreciar os vetos do Presidente da República e votá-los. Mas isto não é procedimento ordinário do processo legislativo? Claro que sim. Mas qual o motivo da não apreciação dos vetos do Presidente aos parlamentares?
Conchavos, politicagem, corrupção ou conluios?

Não importa a resposta, já que o parlamentar eleito deve ter o intuito de defender a democracia do seu país e sendo seus projetos de lei formulados para tal, qual o motivo para não ocorrer apreciação dos vetos do executivo, tendo em vista a vontade e determinação empregada nesses projetos em detrimento do povo brasileiro?

Acredito que não deva prevalecer como imposição a voz de quem quer que exerça cargo público, pois o mais correto é a vontade da maioria.

Portanto a democracia na Casa Legislativa não é exercida nem entre eles quanto mais em favor do povo.